Se você já participou de uma aula de yoga ou de uma vivência terapêutica corporal, talvez tenha ouvido expressões como “abrir espaço” ou “dar espaço”. Essas frases costumam remeter, inicialmente, à ideia de criar espaços no corpo: expandir o peito ao respirar profundamente, alongar os músculos ou liberar tensões. Esse movimento físico é apenas o começo.
Abrir espaço vai além do corpo físico. É um convite para olhar para dentro e perceber o que está ocupando lugares importantes em nós. Emoções, memórias e padrões que já não nos servem podem estar preenchendo espaços preciosos, dificultando que algo novo entre.
Abrir espaço é permitir-se sentir, liberar, deixar ir. É acolher os ciclos naturais da vida: reconhecer términos, aceitar o fim de situações e relacionamentos, e abrir-se para o que está por vir.
E que momento mais simbólico para isso do que a virada de mais um ano? A chegada desse novo ciclo nos convida a acolher o que é novo. Para isso, reconhecemos o que não foi como esperado e deixamos ir, criando espaço para recomeços.
Para o ano novo, eu te desejo espaços:
Que você possa abrir espaço no seu coração e se permitir amar e ser amado, se este for o seu desejo.
Que você tenha coragem de deixar ir o que já não faz sentido, confiando na abundância da vida.
Que novos sonhos e possibilidades floresçam em seu caminho.
E que você encontre felicidade no que depende de você — e sorte naquilo que não depende.
Eu te desejo espaços.
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